terça-feira, 8 de novembro de 2016

Historia por Imagens


Raízes africanas e americanas do Rap


    Um dos grandes símbolos da resistência e da consciência racial negra, de sua riqueza e criatividade, está também eivado de contradições. Esta forma musical, que se tornou sucesso mundial, foi apropriada pelo grande capital da indústria de cultura e transformada em canal ideológico predominantemente alienante e opressivo na vertente mais mercantil do rap atual. Não que estivesse isento de contradições desde suas origens, mas nos referimos aqui à vertente que faz uma apologia à mais alienante das mercadorias, o dinheiro, e retrata brutalmente as mulheres como objeto, por exemplo.


    Apesar de hoje não ser utilizada exclusivamente por artistas negros, historicamente, a linguagem do rap moderno tem como antepassada a tradição africana de récita poética acompanhada por tambores e instrumentos melódicos, uma arte de contar histórias, transmitir e atualizar a sabedoria tribal. Esta arte era própria de poetas-cantores-sábios chamados griots, jali ou jeli, que atuavam em regiões da África Ocidental habitadas pelos Mandingas, os Fulas, os Hauçás e outros povos. Estes sábios cantores normalmente estavam a serviço de reis, como conselheiros, embora também atuassem entre o comum do povo, nos vilarejos. A arte dos griots continua viva e importante em diversas regiões da África ainda hoje. Foi através da barbárie da escravidão que milhões de negros, dentre os quais havia decerto inúmeros griots, foram trazidos agrilhoados em tumbeiros para as Américas. O apego dos negros à sua cultura, àquilo que os afirmava como seres humanos e não como mercadorias, constituiu uma das principais formas de resistência à disposição contra o flagelo da escravidão.



        Nas plantations, as grandes plantações de algodão trabalhadas por escravos no sul dos EUA, os negros e negras cantavam para embalar o ritmo de trabalho. Não raro, este canto era imposto pelo próprio dono da plantação, como forma de dar ritmo ao trabalho, otimizando a produtividade. Ocorre que, historicamente, as classes e setores sociais oprimidos sempre foram capazes de transformar dialeticamente uma situação de opressão em contexto de libertação. Assim, por exemplo, ocorre quando os trabalhadores, levados pela burguesia à penúria, decidem lutar contra a miséria e se chocam inevitavelmente contra as bases da própria sociedade burguesa. A miséria que a própria burguesia exploradora cria pode ser uma força propulsora para lutas que tendem a destruir a própria sociedade burguesa. Da mesma forma, aquele canto de trabalho escravo muitas vezes estimulado pelo escravista era ao mesmo tempo coordenado pela técnica do chamado-e-resposta: um cantor dentre os escravos trabalhando na plantation dirigia a cantoria, “puxando” uma estrofe ou verso, que por sua vez era respondida em coro pelos demais.



      Esta técnica da música negra trazida para as Américas por africanos está também na raiz de estilos de samba como o partido alto, por exemplo. Incorporando a música ao trabalho forçado, única atividade que lhes cabia na sociedade escravista, os negros mantiveram viva sua cultura ao adaptá-la às novas condições – brutais – e transformá-la numa forma de resistência à cruenta desumanização feita em prol da acumulação de capital. O rap, em suas raízes, traz consigo as origens em solo geográfico e cultural africano, mas também incorpora o lamento pelo suplício da escravidão após o traslado da raça negra às plantações, tecendo em suas estrofes a longa história de resistência contra este flagelo e suas reminiscências modernas. Afinal, esta luta continuou quando a escravidão em sentido estrito se transformou em escravidão assalariada, transformação que não alterou muito o complexo ideológico com o qual a exploração capitalista se abateu com maior intensidade sobre o povo negro: o racismo. A manutenção do racismo sob a igualdade formal da democracia burguesa serve à intensificação da exploração pela desigualdade salarial de que são vítimas os povos negros.


      No Brasil, esta desigualdade de facto disfarçada pela igualdade de jus é mascarada ainda pelo terrível mito da democracia racial brasileira, que procura impedir que os negros se organizem e lutem contra o racismo uma vez que este mito afirma que, por aqui, o racismo “não existe”. O rap, neste contexto, seguiu como expressão de afirmação de negritude por um lado, e de resistência contra o racismo e os males inerentes ao capitalismo por outro. Desde sua entrada no Brasil nos anos 80, uma das tarefas do que de melhor há no rap nacional tem sido justamente desmascarar a realidade com rimas e ritmos magistralmente adaptados à prosódia brasileira. Obviamente, como já dissemos, também o nosso rap está eivado de contradições, com diferenças de grau. Há muito machismo, muita homofobia, muita capitulação às ideologias burguesas que alimentam e refletem a própria violência social contra a qual se levantam as mesmas vozes do rap.


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

CONDIÇÕES DE TRABALHO ESCRAVO NAS LAVOURAS, MINERAÇÃO, MEIO URBANO E DOMÉSTICO NOS SEC. XVI E XIX.


 Os africanos que vieram escravizados para o Brasil, entre os séculos XVI e XIX, não trabalhavam apenas em engenhos de cana-de-açúcar, sendo assim, existindo diversos tipos de trabalho escravo no Brasil. 
  Entre os séculos XVI e XVII, os engenhos de cana-de-açúcar se integraram como atividade econômica fundamental durante o período colonial, porém, muitos escravos trabalhavam (principalmente no Rio de Janeiro, Pernambuco) como estivadores, barqueiros, vendedores, aprendizes, mestres em artesanato e serviços domésticos. 



Escravos cortando cana-de-açúcar

 Desde então, durante os séculos XVIII e XIX, com a evolução da mineração em Minas Gerais e Goiás, milhares de escravos passaram a trabalhar em minas e outras atividades como a agropecuária, o que melhorou a economia nas regiões aurígeras.

 Outros tipos de trabalhos escravos foram: a criação de gado no nordeste brasileiro; os trabalhos desenvolvidos no tropeirismo (Foi uma atividade econômica de grande importância no qual exerciam atividades comerciais de uma região à outra); e o trabalho de zelar e tratar dos animais carregadores de mercadorias. 

Escravos na criação de gado

           Nas cidades, os tipos de trabalho escravos se diversificavam bastante. Existiam os escravos que eram prestadores de serviço (escravos de ganho, carpinteiros, barbeiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, marceneiros, entre outros.). 
        As mulheres também atuavam no trabalho escravo, geralmente, essas mulheres exerciam trabalho como senhoras de leite, doceiras e vendedoras ambulantes que eram chamadas de “negras de tabuleiro”. Existindo então, uma grande variedade nos meios de trabalho escravo. Que eram usados por seus senhores ou transformados em "escravos de ganho" e alugados a terceiros. 



Negras de tabuleiro e quitandeiras

           Em relação à mineração (a extração de ouro das minas) os negros que eram trazidos da África, eram os que mais trabalhavam nesse tipo de atividade, sobre policiamento de seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Esses escravos trabalhavam correndo riscos de morte, devido os soterramento e afogamento, causado pelo rompimento de barragens que limitavam as minas. 

Lavragem de ouro em Itacolomi, Minas Gerais

        A maioria desses escravos não aguentavam mais do que cinco anos nesse tipo de trabalho, frequentemente aconteciam mortes prematuras, no qual se relacionava as condições de vida precária e aos acidentes de trabalho. 
No decorrer do século XVIII, durante a primeira década, houve a migração de um grande numero de pessoas para as regiões das minas. Dentro dessas pessoas, deparavam-se homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas, desenvolvendo então diversos tipos de povos, vilas. 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

A igreja e a escravidão no Brasil

Os negros foram introduzidos no Brasil a fim de atender ás necessidades de mão-de-obra e ás atividades mercantis (tráfico negreiro). O comércio de escravos africanos para o Brasil teve inicio nos primeiros tempos da colonização. Na África os negros eram trocados por aguardentes de cana, fumo, facões, tecidos, espelhos. Os africanos que vieram para o Brasil pertenciam a uma grande variedade de etnias. 
Desde o século XVI o Cristianismo tem sido a principal religião do Brasil, predominando a Igreja Católica  Apostólica Romana. O Catolicismo no Brasil foi trazido por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do Brasil. O catolicismo possui grande presença social, política e na cultura do Brasil.
A igreja aceitava a escravatura como uma instituição legitima, como parte integrante da estrutura social do seu tempo. Mas por que isso ocorreu? A igreja passou a ver esses que se recusaram a Fé, como descendentes de Cam, personagem bíblico, um dos filhos de Noé, que foi amaldiçoado pelo próprio pai. Tal fato é narrado no livro de Gênesis, no Antigo Testamento: ''Maldito seja Canaã, desse ele; que ele seja o último dos escravos de seus irmãos!''  (livro do Gênesis 9, 25). Os mouros foram assim combatidos ao longo de toda a Idade Média. Eram chamados também de Infiéis. Os africanos assumem essa conformação e são vistos como escravos, assim como  Cam. Contudo, o trabalho forçado garantiria a libertação deles do pecado do paganismo, para serem merecedores da graça eterna, da salvação e na outra vida. 






''Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina, tão triste, tão inimiga, tão cruel?'' (ib. p. 64). Padre Antônio Vieira


FILMES: Tempo de Glória, Manderlay, Besouro, E o Vento Levou, Quilombo, Diamante de Sangue. 


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Homem Vitruviano

   O Renascimento, contrario as ideias da Idade Média, sugeria o homem é a criatura mais vil que existe. 
   Leonardo da Vinci marca essa nova visão de homem com o desenho do ''Homem Vitruviano'', em que consegue encaixar o homem em um paralelogramo e um círculo. Com isso demonstra a sua proporcionalidade, demonstrada pela ciência. 
  Como a maioria das obras da época, o Homem Vitruviano era coberto por misticismo. O número cinco era considerado o número do homem que, dividido em cinco partes, se podiam inscrever em um quadrado perfeito. Para pitagoras o cinco era a harmonia suprema. Já para os esotéricos era o quinto elemento.








OBS: Como forma de aprendizado sobre o conteúdo tratado no texto acima, criamos um Quiz de perguntas e respostas para vocês leitores adquirirem o conhecimento sobre a matéria do Homem Vitruviano de uma forma mais extrovertida!! Siga o link ao lado: http://pt.quizur.com/trivia/homem-vitruviano-quiz-l2j

Arte Românica e Gótica

O Poder da Época Medieval

A arte românica e a arte gótica são opostas em vários aspectos mas ambas tentavam retratar a realidade da época, sendo a arte românica mais rural sempre retratando animais reais ou imaginários em sua esculturas e pinturas, a gótica mais urbana trazia a natureza em si sempre realista.

A Igreja e as Artes Românicas e Góticas

A igreja sempre foi presente nas duas formas de artes, na românica trazia imagens do juízo final nas entradas lembrando que só na igreja era possível salvar a sua alma, ate a arquitetura era feita para da a impressão de fortaleza de Deus sem muitas janelas e paredes firmes e grossas, já a gótica tratava a natureza como algo da sagrada criação de Deus então sempre tentava retrata-la de forma realista e suas igrejas dependiam da colaboração da burguesia e da monarquia local. A igreja sempre esteve presentes nas formas de artes pois queria sempre expandir o poder com a população então utilizavam essa arte para representar a grandiosidade da igreja e que ele era o caminho certo e correto para a salvação.  

Abaixo duas imagens uma da arte gótica e outra da românica.












Arte Românica 





Arte Gótica

Arte Medieval (Estilo Românico e Gótico) e Renascentista

Estilo Românico

Arte românica é o nome dado ao estilo artístico vigente na Europa entre os séculos XI e XIII, durante o período da história da arte comumente conhecido como "românico". O estilo é visto principalmente nas igrejas católicas construídas após a expansão do cristianismo pela Europa e foi o primeiro depois da queda do Império Romano a apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se fragmentado em vários estilos, sendo o românico o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama.


Estilo Gótico

Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII e prolonga-se até ao advento do Renascimento italiano, quando a inspiração clássica quebra a linguagem artística até então difundida. 


Arte Medieval e Renascentista

A arte Medieval apresentava um domínio absoluto da temática religiosa, porque na Idade Média quem “liderava” era a Igreja Católica e, quem ia contra essa temática era punido e na maioria das vezes morto violentamente. Um dos exemplos da arte Medieval é o Estilo Românico, que prevaleceu na Europa entre os séculos XI e XIII. Já a arte Renascentista também da espaços para imagens históricas da mitologia greco-romana, que não eram aceitos pelo cristianismo na época pelo seu intenso culto ao ego.


Arte Medieval



Arte Renascentista



quinta-feira, 14 de abril de 2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Bibliotecas na idade média- A importância dos mosteiros e dos monges copistas

Não existia computador, nem copiadora, nem sequer a velha máquina de escrever. Não obstante, os medievais foram capazes de transmitir à Civilização Ocidental todo o imenso legado cultural e filosófico das civilizações grega e romana, obras literárias e manuscritos de um mundo que deixara de existir, demolido pelas invasões bárbaras do fim da Idade Antiga. Como conseguiram tal proeza, sem o auxílio das técnicas de impressão inventadas e desenvolvidas séculos mais tarde?


A resposta a essa pergunta, encontramos nos mosteiros e abadias da Igreja Católica (única instituição resistente aos ataques das hordas bárbaras), os quais, além de exercerem um enorme papel na formação cultural, moral e religiosa da sociedade, recolheram, entre outros, os escritos de autores gregos e latinos, como Aristóteles e Heródoto, sem contar os manuscritos do Novo Testamento, multiplicando-os mediante um trabalho paciente, cuidadoso e organizado de cópia manuscrita.

Sem os seus esforços, a literatura grega e latina teria desaparecido completamente. Do empenho tão poucos indivíduos dependeu o destino cultural do Ocidente. Com a criação das universidades no século XII, a tradição manuscrita passou dos mosteiros para todas as classes da sociedade: clero secular, freiras, notários, escribas profissionais, professores, estudantes, etc. O certo é que o destino da Civilização Ocidental passou por suas mãos.


Os Monges Copistas 


Os monges dedicavam-se à cópia e redação de livros que nesta época eram escritos à mão e decorados com iluminuras (pinturas). Para se fabricar um livro era preciso, em primeiro lugar, dispor de pergaminho (pele de carneiro ou de cabra, tratada para esse fim). Os monges copistas copiavam os livros à mão. A perfeição com que os monges copistas executavam o seu trabalho fazia com que demorassem anos a acabar um livro.



"O copista escrevia as letras muito apertadas porque o pergaminho custava caro e devia poupá-lo (...) e para economizar espaço o copista abreviava muitas palavras. Em vez de Jerusalém escrevia Jm, em vez de Dominus escrevia Dm".
"O Homem e o Livro" M. Iline

terça-feira, 22 de março de 2016

O trabalho escravo no mundo greco-romano

O trabalho escravo no mundo greco-romano, segundo o historiador Perry Anderson

            Na Grécia, os escravos foram empregados pela primeira vez na manufatura, na indústria e na agricultura, assim enquanto o uso da escravidão se generalizava, sua natureza se tornava absoluta: já não era mais uma forma de servidão relativa entre muitas, e sim uma condição polarizada da perda de liberdade. Pois foi uma subpopulação escrava que elevou a cidadania grega, que até então era desconhecida de liberdade jurídica. A escravidão e a liberdade helênicas eram indivisíveis, isto é, uma era a condição estrutural da outra, num sistema dialético. Essa mudança jurídica foi o correlato social e ideológico do “milagre”econômico forjado pelo advento do modo de produção escravo. A civilização da Antiguidade clássica representou o poder, diferente da cidade sobre o campo, numa economia rural: uma antítese do mundo feudal primitivo que lhe sucedeu. A condição para a possibilidade dessa grandiosidade metropolitana na ausência de uma indústria municipal era a existência do trabalho escravo no campo.
    
     Aristóteles apresentou a resultante ideologia social da Grécia tardia com esse observação: “Aqueles que cultivam a terra devem idealmente ser escravos, nem todos recrutados de um só povo, nem ardentes no temperamento, ou, não tão idealmente, servos bárbaros de semelhante caráter”. Era normal do modo de produção escravo desenvolvido no campo romano que até funções de administração fossem dadas a escravos supervisores e feitores que, colocavam os outros escravos para trabalhar nas terras. O que unia um produtor rural e um apropriador urbano de sua produção era o ato comercial e universal da compra de mercadorias nas cidades, onde o comércio escravo tinha seus próprios mercados. O trabalho escravo na Antiguidade clássica incorporava dois atributos contraditórios, por um lado, a escravidão representava a mais radial degradação rural imaginável do trabalho. Na teoria romana, o escravo era designado como um instrumentum vocale, um grau acima do gado, que constituía um instrumentum semi vocale, e dois acima do implemento, um instrumentum mutum.


        Por outro lado, a escravidão era a mais drástica comercialização urbana de trabalho: a total redução da individualidade do trabalhador a um objeto padronizado de compra e venda. A maior parte dos escravos na Antiguidade clássica se destinava ao trabalho agrário: sua reunião, alocação e despacho eram feitos a partir dos mercados das cidades. Assim, a escravidão era o vínculo que unia cidade e campo. Os escravos eram um bem móvel num mundo onde os transtornos do transporte condicionavam a estrutura de toda economia. Eles podiam movidos de uma região para outra sem dificuldade, podiam ser treinados em muitas especializações: em épocas de estoque, eles serviam para manter custos baixos. A riqueza e o conforto da classe urbana proprietária de terras da Antiguidade clássica repousavam sobre o excedente que rendia a presença desse sistema de trabalho, que não deixava nenhum outro intacto.


terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher

Dia Internacional da Mulher

        Hoje, dia 8 de março é comemorado o Dia da Mulher, que surgiu nos primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições da vida, trabalho e em busca de seus diretos.
       Para comemorar esse dia tão importante, selecionamos uma mulher que marcou de forma intensa essa história de luta: Joana D'arc Padroeira da França, Joana D’Arc foi uma mulher que teve papel de protagonista na história de seu país. A jovem que conseguiu convencer lideranças religiosas e o Rei Carlos VII a retomar territórios franceses que estavam em poder da Inglaterra e, com isso, pôs fim à guerra dos cem anos, foi queimada viva e se tornou ícone da história da França e do poder e independência das mulheres.


Joana D'arc
         Quem foi Joana D’Arc? 

     Filha de camponeses, Joana D’Arc nasceu no vilarejo francês de Dóremy em 6 de janeiro de 1412. De formação católica, a jovem ajudava seus pais, Jacques D’Arc e Isabelle Romée, a cuidar das plantações e das criações de ovelha.
        Porém, foi aos 12 anos, quando ouviu uma mensagem divina, que sua vida começou a mudar. 

         Guerra dos Cem anos 
      Em 1337, tropas inglesas invadiu a França. Em 1415, um tratado estabeleceu que metade do território francês passasse ao domínio de Henrique V, rei da Inglaterra, enquanto a outra metade permanecia com Carlos VI, rei da França.
      Com a morte do rei francês, a Inglaterra colocou Henrique VI no poder. A luta para retomar o poder da França ficou denominada de Guerra dos Cem Anos.

       Atuação política de Joana D’Arc 
        Com 16 anos, Joana foi até a cidade de Chinon para falar com as autoridades.
        Interrogada pelas lideranças católicas, contou sobre a visão que tivera com os anjos e santos e, após conversar com Carlos VII, conquistou a confiança dos líderes.
        No mesmo dia, Joana foi nomeada líder de uma tropa, que lutou três dias e três noites e conseguiu libertar a cidade de Orleans que estava sobre o comando das forças militares inglesas. Em 1429,
       Joana e sua tropa conquistam a cidade de Reims, fator que devolveu a coroa à corte francesa.

        A morte de Joana D’Arc
    Capturada pelo exército inglês, Joana foi julgada por um bispo de lado inglês. Condenada à fogueira, acusada de ser herege e praticar feitiçaria.
     Em 30 de maio de 1431, a jovem foi queimada viva. Em 1909, a guerreira foi beatificada e em 16 de maio de 1920, canonizada por Bento XV, tornando-se Santa Joana D’Arc, padroeira da França.

Indicação de filme: Joana D'arc
 Título original: "The messenger: The history of Joan of Arc" 
Sinopse: Em 1412, nasce em Domrémy, França, uma menina chamada Joana (Milla Jovovich). Ainda jovem, ela desenvolve uma religiosidade tão intensa que a fazia se confessar algumas vezes por dia. Eram tempos árduos, pois a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra se prolongava desde 1337. Em 1420, Henrique V e Carlos VI assinam o Tratado de Troyes, declarando que após a morte de seu rei a França pertencerá a Inglaterra. Porém, ambos os reis morrem e Henrique VI é o novo rei dos dois países, mas tem poucos meses de idade e Carlos (John Malkovich), o delfim da França, não deseja entregar seu reino para uma criança. Assim, os ingleses invadem o país e ocupam Compiègne, Reims e Paris, com o rio Loire detendo o avanço dos invasores. Carlos foge para Chinon, mas ele deseja realmente ir para Reims, onde por tradição os soberanos franceses são coroados, mas como os ingleses dominam a região, isto se torna um problema. Até que surge Joana que, além de se intitular a "Donzela de Lorraine" tinha uma determinação inabalável e dizia que estava em uma missão divina, para libertar a França dos ingleses. Desesperado por uma solução, o delfim resolve lhe dar um exército, com o qual ela recupera Reims, onde o delfim é coroado Carlos VII. Mas se para ele os problemas tinham acabado, para Joana seria o início do seu fim.


Mulheres que mudaram a história

Cleópatra, foi uma grande negociante, estrategista militar 



Maud Wagner, a primeira tatuadora dos Estados Unidos – 1907


Sarla Thakral, a primeira indiana a conquistar uma licença para pilotar – 1936


Kathrine Switzer, a primeira mulher a correr a Maratona de Boston (mesmo após tentar ser impedida pelos organizadores) – 1967


Annette Kellerman, presa por indecência após usar esta roupa de banho em público – 1907


Annie Lumpkins, ativista pelo voto feminino nos EUA – 1961


Marina Ginesta, militante comunista e participante da Guerra Civil Espanhola – 1936


 Anne Fisher, a primeira mãe a ir para o espaço – 1980


Elspeth Beard, mulher que tentou ser a primeira inglesa a fazer a volta ao mundo de moto – 1980


Winnie the Welder, uma das 2 mil mulheres que trabalharam em navios durante a Segunda Guerra Mundial– 1943


Jeanne Manford, que apoiou seu filho gay durante passeatas pelos direitos dos homossexuais – 1972


Sabiha Gökçen, turca que se tornou a primeira pilota de caça – 1937


Ellen O’Neal, uma das primeiras skatistas profissionais – 1976


Gertrude Ederle, a primeira mulher a cruzar o Canal da Mancha a nado – 1926


Amelia Earhart, a primeira mulher a voar o Oceano Atlântico – 1928


Leola N. King, a primeira guarda de trânsito dos EUA – 1918


Erika, húngara de 15 anos que lutou contra a União Soviética – 1956




sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cultura Grega e Romana em Geral



Arte grega

Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas e pinturas impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.

As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois eles utilizavam recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. O principal tema era a religião, os escultores gregos faziam Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas)

A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.




Arte romana

A arte romana tem pouca originalidade. Em seus primórdios, caracterizava-se pela influência etrusca ou das colônias gregas da Magna Grécia.

Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estilo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças.

Durante os dois últimos séculos antes do nascimento de Cristo, surgiu uma maneira tipicamente romana de construir edifícios, realizar esculturas e pintar. Mas como a Roma era um lugar muito grande e com diversas colônias cada região tinha seu gosto e preferências de seus mecenas.

A arte romana não é somente a arte dos imperadores, senadores e patrícios, mas também a de todos os habitantes do vasto império romano. Geralmente, os monumentos romanos foram realizados mais para homenagear os seus mecenas do que para expressar a sensibilidade artística de seus criadores.



A literatura romana

A maior contribuição romana à história da cultura foi no setor literário. Não na literatura científica, na qual os exemplos são poucos, mas na literatura filosófica, jurídica e política.

Na poesia destacaram-se Ovídio, Virgílio, Marcial, Juvenal e Horácio. A Filosofia teve Plínio, Sêneca e Marco Aurélio; a oratória, Cícero. Na História destacaram-se Tito Lívio, Tácito, Salústio. Suetônio e Políbio. Nos fins do Baixo Império, apareceram com destaque os escritores cristãos, como São Jerônimo e Santo Agostinho.



Filosofia do Esporte Grego

“A Copa do Mundo no Brasil é uma ocasião para refletirmos um pouco sobre os valores cristãos no futebol e no esporte em geral”. Espírito e matéria, corpo e alma, assim Deus nos criou e nos quer sadios corporal e espiritualmente:

“alma sã num corpo sadio”, diziam os romanos. “A saúde do corpo é melhor que todo o ouro e a prata; e um espírito vigoroso, mais do que imensa fortuna. Não há riqueza maior que a saúde do corpo, nem contentamento maior que a alegria do coração” (Ecl. 30,15-16).

As Olimpíadas Antigas foram uma série de competições atléticas disputadas por atletas das cidades-estados que formavam a Grécia Antiga. De acordo com registros analisados por historiadores, os Jogos Olímpicos surgiram no ano de 776 a.C na cidade de Olímpia (região sudoeste da Grécia). Estes jogos foram celebrados até o ano de 393. Importância para os gregos As Olimpíadas possuíam uma grande importância para os gregos, pois possuía caráter religioso, político e esportivo. Primeiramente era uma forma de homenagem aos deuses, principalmente Zeus (deus dos deuses). Era também um momento importante na busca pela harmonia entre as cidades-estados. Servia também como um evento de valorização da saúde e do corpo saudável.


São Paulo Apóstolo compartilhou a admiração das multidões pelos atletas olímpicos. A agilidade dos atletas estimulada no estádio pela perspectiva da vitória sugeria-lhe a beleza moral do combate espiritual. É pra isso que o esporte realmente funciona: tornar o corpo sadio e dócil para que junto, a alma possa se tornar mais nobre.

Pedro de Coubertin, o renovador dos Jogos Olímpicos, escreveu que a Idade Média conheceu um espírito desportivo superior à própria antiguidade grega, devidamente a influencia da região, criaram um momento de verdadeiro respeito entre eles. Denominaram- o de “fair-play”, surgindo como efeito do cristianismo para disciplinar os costumes dos bárbaros.

E ser cristão, não é só fazer o sinal da cruz e entrar em campo para as partidas. É muito mais do que isso. Porque sem os valores cristãos, o esporte entra em decadência, e perde espaço para o embrutecimento e no mercantilismo. Os profissionais tornam-se uma verdadeira mercadoria de negócio, sujeitos à compra de quem mais oferece. Aí então o esporte deixa de ser esporte; torna-se uma disputa por competidores, torna-se um comércio. O jogador deixa de ser um esportista de coração, e torna-se um mercenário, sem compaixão alguma pelo esporte.

Pio XII enumera as virtudes cristãs próprias do esporte, sendo elas as seguintes: a lealdade, a docilidade, a obediência, o espírito de renúncia ao próprio eu em favor da equipe, a fidelidade aos compromissos, a modéstia nos triunfos, a generosidade para com os vencidos, a serenidade na derrota, a paciência com o público, a justiça e a temperança. Com essas virtudes, poderemos ter a “Copa da Paz”, desde que o dinheiro não seja como uma meta final, apenas a competitividade de modo pacifico, e o companheirismo com os visitantes.






Religião Grega

Os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Os deuses gregos eram imortais, mas também apresentavam características humanas como fazer coisas certas e erradas, boas e ruins, entre outros. Estes deuses, segunda a crença grega, moravam no monte Olimpo e cada um tinha seu poder, como Afrodite a deusa do amor, Ares o deus da guerra e Zeus o deus de todos os deuses (deus superior). Porém não tinham somente esses deuses na religião grega.

Cada cidade possuía um deus protetor. Esse deus tinha um templo e também era cultuado nas casas, e o que eles pediam era proteção, bens matesias e sucesso. Eles geralmente faziam oferendas, oravam e sacrificavam animais para estes deuses e eram comuns as festas nos templos homenageando o deus protetor da cidade.

Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Grécia Antiga e suas características.

Nome do deus - O que representava


Zeus- Rei de todos os deuses.



Atena- Sabedoria, guerra, justiça e artes.



Afrodite- Amor.



Ares- Guerra.



Hades - Mundo dos mortos e do subterrâneo.



Hera- Protetora das mulheres, do casamento e do nascimento.



Poseidon- Mares e oceanos.



Eros- Amor, paixão.



Héstia- Lar.



Apolo- Luz do Sol, poesia, música, artes, beleza masculina.



Ártemis- Caça castidade, animais selvagens e luz.



Deméter- Colheita, agricultura.



Dionísio- Festas, vinho e prazer.



Hermes - Mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes, dos viajantes e dos diplomatas.



Hefest - Metais, metalurgia, fogo e trabalho.



Crono- Tempo.



Gaia- Planeta Terra.



Hebe- Deusa da juventude



Perséfone- Deusa da primavera, das flores e dos frutos.



Éris- Deusa da discórdia.



Religião Romana

Em Roma as pessoas também eram politeístas, assim como os gregos e muito semelhantes á eles. Porém a religião romana não era uma cópia da grega, assim como muitos diziam. Alguns deuses eram os mesmos, mas com nomes diferentes.

Deuses Gregos
Deuses correspondentes em Roma
       Zeus
              Júpiter
      Hera
           Juno
              Poseidon
              Netuno
         Atena
               Minerva
      Ares
           Marte
           Artêmis
           Diana
           Hermes
                Mercúrio
            Dionísio
          Baco


Era muito comum na Roma Antiga a existência de santuários domésticos como prática religiosa, onde eram cultuados os deuses. Os rituais eram controlados pelos governantes romanos e cultuar outra religião diferente do império era proibido. Os cristãos, por exemplo, foram assassinados e muitos encontrados nas catacumbas romanas.

O Imperador Júlio César começou uma prática de exigir o culto dos imperadores como se fossem deuses e assim muitos o seguiram.

Depois que o Cristianismo começou a ser a religião oficial do Império Romano, o politeísmo foi sendo abandonado aos poucos.

Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Roma Antiga e suas características.

Nome do deus (a) - O que representava



Júpiter- Rei de todos os deuses, representante do dia, deus do céu.



Apolo- Sol, deus da luz, patrono da verdade e protetor das artes.



Vênus- Amor e beleza.



Marte- Guerra.



Minerva- Sabedoria, conhecimento.



Plutão- Mortos, mundo subterrâneo.



Netuno- Mares e oceanos.



Juno- Rainha dos deuses.



Baco- Vinho, festas.



Febo- Luz do Sol, poesia, música, beleza masculina.



Diana- Caça, castidade, animais selvagens e luz.



Ceres- Colheita, agricultura.



Cupido- Amor.



Mercúrio- Mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes.



Vulcano- Metais, metalurgia, fogo.



Saturno- Tempo.



Vesta- Deusa do fogo doméstico, protetora das cidades e da família.



Psique- Alma.



Belona- Deusa da guerra.



Cibele- Deusa da natureza, das montanhas, da terra fértil e das cavernas.



Concórdia- Deusa do entendimento, da armonia no casamento e do acordo.



Mitologia grega

Os gregos tinham uma imaginação muito fértil, e acabavam por criar vários mitos para passar mensagens ou memorias sobre seu povo a quem o visse ou ouvisse como historias sobre heróis fortes que passavam pelo impossível, monstros que guardavam um local.

Os mitos mais conhecidos até hoje eram sobre heróis (como Hercules, filho de Zeus que tinha que realizar os 12 trabalhos um mais difícil que o outro), Ninfas, Sátiros, Centauros, etc.

Alguns filmes sobre o assunto, fúria de titãs, Hercules, A odisseia, Troia. Existem vários outros alguns até adaptando a cultura grega para criar sua própria historiam como o filme e livro Percy Jackson.



Mitologia Romana

A mitologia romana era o conjunto de vários deuses e apesar de se parecer muito com a grega e terem incorporado alguns deuses gregos com a conquista de territórios para sua mitologia eles não ficavam especulando sobre a origem dos deuses, eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, pois acreditavam que Homens e Deuses deveriam viver em harmonia com confiança mutua.