quarta-feira, 7 de setembro de 2016

CONDIÇÕES DE TRABALHO ESCRAVO NAS LAVOURAS, MINERAÇÃO, MEIO URBANO E DOMÉSTICO NOS SEC. XVI E XIX.


 Os africanos que vieram escravizados para o Brasil, entre os séculos XVI e XIX, não trabalhavam apenas em engenhos de cana-de-açúcar, sendo assim, existindo diversos tipos de trabalho escravo no Brasil. 
  Entre os séculos XVI e XVII, os engenhos de cana-de-açúcar se integraram como atividade econômica fundamental durante o período colonial, porém, muitos escravos trabalhavam (principalmente no Rio de Janeiro, Pernambuco) como estivadores, barqueiros, vendedores, aprendizes, mestres em artesanato e serviços domésticos. 



Escravos cortando cana-de-açúcar

 Desde então, durante os séculos XVIII e XIX, com a evolução da mineração em Minas Gerais e Goiás, milhares de escravos passaram a trabalhar em minas e outras atividades como a agropecuária, o que melhorou a economia nas regiões aurígeras.

 Outros tipos de trabalhos escravos foram: a criação de gado no nordeste brasileiro; os trabalhos desenvolvidos no tropeirismo (Foi uma atividade econômica de grande importância no qual exerciam atividades comerciais de uma região à outra); e o trabalho de zelar e tratar dos animais carregadores de mercadorias. 

Escravos na criação de gado

           Nas cidades, os tipos de trabalho escravos se diversificavam bastante. Existiam os escravos que eram prestadores de serviço (escravos de ganho, carpinteiros, barbeiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, marceneiros, entre outros.). 
        As mulheres também atuavam no trabalho escravo, geralmente, essas mulheres exerciam trabalho como senhoras de leite, doceiras e vendedoras ambulantes que eram chamadas de “negras de tabuleiro”. Existindo então, uma grande variedade nos meios de trabalho escravo. Que eram usados por seus senhores ou transformados em "escravos de ganho" e alugados a terceiros. 



Negras de tabuleiro e quitandeiras

           Em relação à mineração (a extração de ouro das minas) os negros que eram trazidos da África, eram os que mais trabalhavam nesse tipo de atividade, sobre policiamento de seus senhores, que visavam evitar o contrabando de ouro. Esses escravos trabalhavam correndo riscos de morte, devido os soterramento e afogamento, causado pelo rompimento de barragens que limitavam as minas. 

Lavragem de ouro em Itacolomi, Minas Gerais

        A maioria desses escravos não aguentavam mais do que cinco anos nesse tipo de trabalho, frequentemente aconteciam mortes prematuras, no qual se relacionava as condições de vida precária e aos acidentes de trabalho. 
No decorrer do século XVIII, durante a primeira década, houve a migração de um grande numero de pessoas para as regiões das minas. Dentro dessas pessoas, deparavam-se homens brancos europeus, colonos, africanos escravizados e indígenas, desenvolvendo então diversos tipos de povos, vilas.