quinta-feira, 14 de abril de 2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Bibliotecas na idade média- A importância dos mosteiros e dos monges copistas

Não existia computador, nem copiadora, nem sequer a velha máquina de escrever. Não obstante, os medievais foram capazes de transmitir à Civilização Ocidental todo o imenso legado cultural e filosófico das civilizações grega e romana, obras literárias e manuscritos de um mundo que deixara de existir, demolido pelas invasões bárbaras do fim da Idade Antiga. Como conseguiram tal proeza, sem o auxílio das técnicas de impressão inventadas e desenvolvidas séculos mais tarde?


A resposta a essa pergunta, encontramos nos mosteiros e abadias da Igreja Católica (única instituição resistente aos ataques das hordas bárbaras), os quais, além de exercerem um enorme papel na formação cultural, moral e religiosa da sociedade, recolheram, entre outros, os escritos de autores gregos e latinos, como Aristóteles e Heródoto, sem contar os manuscritos do Novo Testamento, multiplicando-os mediante um trabalho paciente, cuidadoso e organizado de cópia manuscrita.

Sem os seus esforços, a literatura grega e latina teria desaparecido completamente. Do empenho tão poucos indivíduos dependeu o destino cultural do Ocidente. Com a criação das universidades no século XII, a tradição manuscrita passou dos mosteiros para todas as classes da sociedade: clero secular, freiras, notários, escribas profissionais, professores, estudantes, etc. O certo é que o destino da Civilização Ocidental passou por suas mãos.


Os Monges Copistas 


Os monges dedicavam-se à cópia e redação de livros que nesta época eram escritos à mão e decorados com iluminuras (pinturas). Para se fabricar um livro era preciso, em primeiro lugar, dispor de pergaminho (pele de carneiro ou de cabra, tratada para esse fim). Os monges copistas copiavam os livros à mão. A perfeição com que os monges copistas executavam o seu trabalho fazia com que demorassem anos a acabar um livro.



"O copista escrevia as letras muito apertadas porque o pergaminho custava caro e devia poupá-lo (...) e para economizar espaço o copista abreviava muitas palavras. Em vez de Jerusalém escrevia Jm, em vez de Dominus escrevia Dm".
"O Homem e o Livro" M. Iline